A TRADIÇÃO SÃO VALENTIM


Família
29/07/2021
Muito pensam que o São Valentim é celebrado há pouco tempo e a sua origem é comercial, mas a verdade é que surgiu na era do Império Romano. É uma história triste e romântica ao mesmo tempo, que para além de rosas vermelhas e caixas de bombons em forma de coração, desencadeou tradições sem fim à volta do globo. Descubra-as!

Sabe quem era São Valentim? Descubra a origem da tradição que conhecemos hoje e como se foi transformando nos outros países.

São Valentim era um padre que praticava em Roma, no século III, quando o imperador Cláudio III decidiu proibir a celebração de matrimónios para os jovens, porque na sua opinião “os solteiros sem família eram melhores soldados”, já que não tinham compromissos.

O padre Valentim considerou que o decreto era injusto e desafiou o imperador, realizando casamentos em segredo entre jovens apaixonados (assim foi popularizado que São Valentim é o santo padroeiro dos namorados). Entretanto, o imperador Cláudio descobriu e ordenou que Valentim fosse preso. Morreu executado a 14 de fevereiro do ano 270.

Entre nós, as tradições mais populares passam por oferecer caixas de bombons em forma de coração, enviar grandes ramos de rosas vermelhas e cartões poéticos mas, noutros países, como a China e o Chile, existem outros costumes, originais e únicos, feitos para celebrar o amor.

Presentes originais de amor

Os alemães trocam pequenos porcos voadores, “animais Cupido”, que simbolizam a luxúria e a sorte, e grandes bolachas de gengibre em forma de coração, decoradas com mensagens como “Kiss Me”.
Os italianos colocam cadeados em pontes, grades e postes de iluminação, e deitam fora a chave de forma a declarar o seu amor eterno pelo seu parceiro ou pelo seu amor secreto.

Os miúdos dinamarqueses enviam “cartas anónimas de amor” com versos românticos em consoante ou assonante, ou até com rimas divertidas. As cartas são assinadas com pontos, um para cada letra do remetente anónimo. Se a rapariga adivinhar quem é o seu admirador, recebe um ovo da Páscoa!

Em muitos países da América Latina, o Dia de São Valentim é visto como o Dia de Amor e Amizade.
Por exemplo, na Guatemala, é o Dia do Carinho, na Colômbia, Costa Rica e México, as pessoas trocam “atos de reconhecimento” em vez de presentes, enquanto que outros oferecem presentes de forma anónima.

A Argentina tem a sua própria Semana da Doçura em julho, onde as pessoas oferecem doces em troca de um beijo.

No Japão, as mulheres dão chocolates aos seus companheiros de trabalho masculinos a 14 de fevereiro, um mês depois, a 14 de março, é o Dia Branco, altura em que eles correspondem com chocolates brancos.

No Taiwan a 7 de julho, os homens dão às mulheres ramos com diferentes significados:

  • uma só rosa representa “um só amor”
  • 99 rosas é “um amor para sempre”
  • 108 são uma pergunta: “Queres casar-te comigo?”.

Os coreanos comemoram o amor no dia 14 de alguns meses: o Dia do Beijo em junho, Dia do Abraço em dezembro, Dia de São Valentim em fevereiro, o Dia Branco em março, e o Dia Negro para os solteiros.

São Valentim para solteiros

No mundo inteiro, desde as Filipinas à Índia, “o dia do amor” é o melhor momento para pedir em casamento e celebrar o amor que já temos, mas em alguns países, é oferecida uma oportunidade única para encontrar alguém especial:

  • Na Malásia, as mulheres solteiras escrevem o seu número de telefone numa laranja e atiram-na ao rio, há vendedores de fruta que as apanham e revendem.
  • A versão chinesa de São Valentim é muito bonita, sendo celebrada no VII Festival da noite, no sétimo dia do sétimo mês lunar. É baseada num conto sobre duas estrelas separadas na Via Láctea que se reencontram apenas uma vez por ano. Assim as mulheres fazem esculturas de flores em melões e desviam o seu olhar para as estrelas Vega e Altair, perguntando como encontrar um bom marido.