Há pessoas que não gostam de festejar datas especiais, ser o centro das atenções ou sentir que o relógio da vida avança. Se isto acontece consigo, continue a ler, porque queremos que veja o outro lado! E para isso, preparámos um decálogo ou, o que vai dar ao mesmo, os 10 Mandamentos da Boa Aniversariante (para aprender a aproveitar a vida, mesmo se isso significa que o tempo passa).
Nem a barriguinha, nem as peles que começam a ficar flácidas, nem os achaques ou os cabelos brancos. Fazer anos é bom, torna-se mais sábia, mais forte, melhor e vivem-se experiências infinitas que, se o tempo não passasse e vivesse num universo congelado, seriam impossíveis de viver. Goste de si, com as suas mudanças, com os seus anos, com tudo o que é, e trate-se com amor, porque se não o fizer, quem é que o vai fazer? O tempo passa, não podemos pará-lo, só podemos aproveitá-lo.
Comemorar é reunirmo-nos com as pessoas de quem gostamos, para festejarmos em conjunto por um motivo específico (ou seja, um aniversário). É saudável, é ótimo e é autêntico: quem sabe comemorar, sabe "sentir" os momentos belos da vida e tem a capacidade de desfrutar o que de bom lhe acontece. Não há necessidade de fazer nada espetacular, de gastar dinheiro, de fazer uma grande festa, de perder a cabeça e convidar todas as pessoas do prédio. Basta estar e partilhar. Comemore, com quem quiser, com o seu marido, os seus amigos, a família, até mesmo sozinha. Mimar-se com uma festa é quase um dever.
Eu acabei de fazer 39. Se tiver mais anos do que eu, pensará "ainda é tão jovem" e se for mais jovem pensará "ui, crise dos 40 à vista, coitada". E a idade é assim: simplesmente relativa. Conheço muito poucas pessoas que estão felizes com os anos que têm e que não se queixam; nós somos mesmo assim, temos sempre algo a dizer, algo com que protestar. E se nos queixássemos menos e ríssemos mais? Em todas as suas recordações, será sempre mais jovem (há um minuto atrás era mais jovem), mas tem que perceber que "nenhum tempo passado foi melhor."
Podia ter nascido rato ou, pior ainda, furão. Mas não, nasceu humana, nasceu você. Não é maravilhoso ser você? Você é uma mulher única no Universo, por isso o mais inteligente (tendo em conta que a Terra é o único planeta habitado que conhecemos) é sentir-se felizarda pelo mero facto de existir e ter consciência disso, por muito dura que a vida possa ser por vezes. O melhor pode estar para chegar, sempre, ao virar da esquina, o futuro é... APAIXONANTE. Mil aventuras à nossa espera!
Viva. Aprenda. Ame. Viaje. Não é triste ficar mais velha, o triste é fazer anos e não ter feito nada. Estude o que quer que seja, aprenda coisas novas, emocione-se a fazer o que mais gosta (embora "não sirva para muito", isso pouco importa. Quem decide se serve ou não?), não deixe as coisas no tinteiro, tudo em que possa pensar pode fazê-lo: não importa se tem 60 anos e o seu sonho é voar em asa delta, está viva, certo? Pois então voe.
E viaje. As viagens são as recordações com maior índice de visitas mentais. Encha a sua mente com viagens bonitas para mais tarde recordar.
Porque é que está aqui? Ninguém sabe, mas certamente que não é para se torturar com os 39, 40 ou 46, porque lhe apareceram cabelos brancos e tem olheiras. Controle o seu estado de espírito: é seu e pode geri-lo. Proponha a si própria ser feliz e viva procurando o lado bom das coisas, se vir a vida sob uma ótica de otimismo, verá que há questões que se tornam muito mais fáceis. Não está um ano mais velha, está um ano mais interessante, mais sábia e mais divertida. Se se esqueceu de um filme que viu, volte a vê-lo, releia os livros, faça o que lhe faz falta para se sentir feliz.
Mantenha-se a par dos avanços tecnológicos. Não se feche aos novos dispositivos e ferramentas, computadores, redes sociais, aplicações para telemóveis, navegadores, televisões inteligentes. Não são diabólicos, não são difíceis, não foram criados para tornar a sua vida impossível, mas sim mais fácil. No momento em que se der por vencida, nesse preciso momento, ter-se-á tornado velha. O mundo está em constante mudança e as pessoas que se adaptam nunca envelhecem. Pare de resmungar e queixar-se e deixe que os seus sobrinhos, netos ou quem quer que seja a ensinem.
Nem mais gordinha, nem mais magrinha, nem mais definida. Cada uma de nós sabe o que é melhor para si, uns quilos a mais, uns a menos, etc., etc., mas a coisa vai mais além: álcool, tabaco, comida de plástico. Deixe o seu corpo respirar, trate-o bem: beba água, dê-lhe "alegria Macarena" com uns passos de dança, ginásio ou bicicleta ao domingo, coma coisas saudáveis, cozinhe em casa e faça coisas que a façam feliz, um corpo contente e uma mente contente andam de mãos dadas. Ah, e cuidado com a "roupa de pessoa idosa". Não digo mais nada. Se me vai dizer que não se importa com o seu aspeto, não perca o seu tempo, não vou acreditar em si.
Deixe-se levar pelos bons sentimentos, pelas coisas bonitas. Temos de aprender a procurar razões para nos alegrarmos, motivos para "festejar" (adoro esta palavra), porque a própria vida é uma festa. Se não fica animada com o seu aniversário, de certeza que tem alguém perto de si que fica e que lhe apetece fazê-la feliz nesse dia: deixe-se contagiar, é fácil.
Fazer anos é tomar consciência de quem somos e do mundo em que vivemos. Olhar para trás e refletir sobre o que aprendemos aos 32 ou aos 51. Saber que não somos a mesma pessoa de há 10 anos nem a de há dois meses, ou até mesmo a de ontem, é uma atitude sábia. Mudamos, evoluímos todos os dias (com sorte, para bem), você continua a ser você e, ao mesmo tempo, é alguém melhor: é o que se chama crescer, amadurecer, agradecer, procurar a verdade, a nossa própria verdade; é alegria, tristeza, melancolia, recordações e muito mais, fazer anos é viver... E viver é incrível.
Ah... E se quando fizer o balanço se der conta de que gostava mais da pessoa que era aos 40 da que é hoje aos 43, não dramatize: o que é que quer mudar? Faça um plano e execute-o, o poder está em si: você é a dona e senhora da sua vida. E que ninguém lhe diga o contrário.
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