As vantagens da escova de dentes elétrica


Bem-estar
30/07/2020
Já tem uma escova de dentes elétrica? Conheça os vários tipos existentes e saiba quais as vantagens da escova elétrica da Braun Oral-B.

As doenças orais mais comuns são a cárie dentária e a doença periodontal (gengivite e periodontite) causadas pela acumulação da placa bacteriana (PB) na cavidade oral.

Para controlar estas doenças, o objetivo principal deve incidir na prevenção e no tratamento, sendo o controlo diário da placa bacteriana o procedimento mais eficaz e mais importante na prevenção.

É um conhecimento aceito entre os profissionais de saúde oral de que são necessários quatro hábitos básicos para garantir uma boa higiene oral. E estes procedimentos são escovar os dentes, pelo menos duas vezes ao dia, usar uma pasta fluoretada, fazer o fio dentário diariamente e visitar regularmente um dentista/higienista. Vários profissionais de saúde oral perceberam que os seus pacientes não escovavam corretamente os seus dentes por fazerem uma técnica incorreta e por fazê-la em tempos inadequados. Por esta razão foi introduzida a escova de dentes elétrica com o objetivo de tentar ultrapassar estas preocupações.

Apesar de existirem vários meios de controlo de PB disponíveis no mercado, a escova manual continua a ser o principal modo de manter a higiene oral adequada, isto é, se a maioria das pessoas escovasse bem os dentes, com a frequência e duração adequadas. Atendendo a que a maioria das pessoas não cumpre esses critérios, recorrer a uma escova de dentes elétrica pode ser uma (a) alternativa. Desta forma pode criar-se uma promoção da técnica de escovagem, aumentando o interesse pela higiene oral do indivíduo.

As escovas de dentes elétricas foram concebidas para facilitar a remoção da placa bacteriana e os restos alimentares dos dentes e gengiva e ainda reduzir a formação de tártaro e mancha extrínseca, no sentido de se atingir uma boa saúde oral.

Apesar de se pensar que a primeira escova de dentes pode ter sido usada pela primeira vez cerca de 1000 a.C. na China, esta só atingiu popularidade na América depois de 1945.

Foi em 1800, nos Estados Unidos da América, que o Dr. George A. Scott alegou ter inventado uma escova de dentes elétrica. No entanto, ao contrário das atuais escovas, as do Dr. Scott simplesmente criavam forte corrente elétrica através dos pelos de quem a utilizava. O choque era aparentemente uma forma de "promover a boa saúde".

As primeiras escovas mecânicas foram utilizadas no século XIX, mas curiosamente não foram produzidas em massa até ao ano de 1960. Foi nesta década que as escovas elétricas mais modernas surgiram e eram recomendadas principalmente para pessoas com necessidades especiais ou com destreza manual limitada.

A introdução das escovas elétricas em 1960 deu origem a um grande número de estudos que comparavam a segurança e a eficácia das escovas elétricas versus as escovas de dentes manuais.

O mercado das escovas elétricas ressurgiu no ano de 1980, evidenciando que as escovas mecânicas tinham alguma vantagem sobre escovas manuais.

A escova elétrica é uma escova de dentes que usa energia elétrica para mover a porção dos pelos, normalmente com movimento oscilante, apesar das escovas elétricas serem frequentemente chamadas de escovas rotativas.

Contudo as escovas elétricas não são todas iguais. Existe uma ampla escolha de escovas elétricas no mercado. Estes produtos podem variar em relação ao tamanho e configuração da cabeça, mecanismo de ação e velocidade, assim como ao seu design no geral. Algumas escovas elétricas têm incorporado temporizadores como forma de conveniência.

O mecanismo de ação das escovas elétricas pode ser categorizado em mecânico, sónico e iónico, e é o mecânico o mais eficaz pois provoca a rotatividade/oscilação da cabeça da escova.

Existem cabeças de escovas exclusivas para adultos, crianças e ainda para pacientes que usam aparelhos de ortodontia. Os pelos das escovas podem ser redondos, cónicos ou semelhantes aos das escovas tradicionais, têm vários diâmetros e são feitos de nylon e com pontas arredondadas. As cabeças de escova para crianças são menores para ser mais fácil de aceder à cavidade oral que é mais pequena. Vários modelos têm tempos de velocidade distintos, dependendo das necessidades do paciente.

Vários estudos constataram que a maioria das escovas elétricas, não são mais eficazes que as manuais quando usadas em condições semelhantes. A exceção observa-se nos modelos de "rotatividade-oscilante", incluindo muitas das escovas elétricas fabricadas pela Braun, na série Oral-B, que são mais eficazes na remoção da placa bacteriana e diminuição da gengivite do que as escovas manuais, a curto e longo prazo.

Também de acordo com estudos feitos, sabe-se que a maioria dos pacientes escova pouco tempo os dentes, daí que as escovas elétricas com temporizadores possam ser uma via para os pacientes melhor avaliarem o seu tempo de escovagem. Também se provou que ao usar uma escova elétrica é removida mais placa bacteriana em menor tempo. Existe um consenso generalizado de que as escovas elétricas são tão seguras quanto as manuais.

A evidência indica que estas escovas podem aumentar o interesse do paciente, motivando-o para uma melhor higiene oral, e para alguns pacientes com destreza manual limitada, os profissionais de saúde oral veem nas elétricas uma alternativa favorável.

Em resumo, as escovas elétricas não só conseguem uma velocidade mais rápida dos pelos do que as escovas manuais, como também removem mais placa bacteriana das zonas de difícil acesso, nomeadamente as zonas molares e interdentárias.

Usar uma escova elétrica não é só para pessoas com falta de destreza ou com limitações físicas mas sim para a população em geral.

Pelo facto de uma escova elétrica potenciar uma melhor técnica de escovagem, faz com haja uma melhor remoção de placa bacteriana, e consequentemente melhor saúde gengival e ainda diminuição da força que se exerce. Esta conclusão serve para as escovas elétricas de modelo oscilante-rotativo que parecem ser as mais eficazes.

Dra. Fátima Duarte, Higienista Oral, APHO